Projeto brasileiro começa trabalhar na produçao de etanol celulósico

15/02/2011 14:27

Nos próximos quatro anos, um projeto de pesquisa que envolve cientistas de São Paulo e do Pará concentrará esforços para produzir, a partir de fungos e bactérias da selva, coquetéis enzimáticos capazes de degradar a celulose, viabilizando o chamado etanol de segunda geração.
O projeto foi aprovado no âmbito do acordo de cooperação assinado em 2009 pelas Fundações de Amparo à Pesquisa (FAPs) dos Estados de São Paulo (FAPESP), Minas Gerais (Fapemig) e do Pará (Fapesp) e pela Vale S.A. As pesquisas serão realizadas por cientistas do Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol (CTBE), sediado em Campinas (SP), e da Universidade Federal do Pará (UFPA). O grupo prospectará microrganismos e coquetéis enzimáticos que possam ser aplicados na fabricação do etanol celulósico. Na primeira fase da pesquisa, os cientistas do Laboratório de Investigação Sistemática em Biotecnologia e Biodiversidade Molecular da UFPA, sob a liderança de Alberdan Silva Santos, farão a prospecção das linhagens de fungos e bactérias de interesse - tanto na floresta, como em resíduos agrícolas da região Norte, em culturas como as de mandioca e açaí. Segundo o cientista, realizar a prospecção de microrganismos na floresta, em vez de fazê-lo nos canaviais, ampliará consideravelmente as chances de encontrar as enzimas ideais para o processo de produção do etanol celulósico.

FONTE: UNIAO DOS PRODUTORES DE BIOENERGIA (https://www.udop.com.br/index.php?item=noticias&cod=1072963)